Tuesday, August 26, 2008

"Mighty Joe Moon" - Grant Lee Buffalo

Tenho uma tendência a gostar de discos multifacetados, de faixas diferentes, que atirem no máximo de direções possíveis. Não me refiro a ecletismo, essa palavra que costuma disfarçar a mais pura falta de critérios, mas sim à experiência com diversos climas nas músicas de um mesmo álbum. Discos como "The Top" do Cure, ou o álbum branco dos Beatles são excelentes exemplos do que estou dizendo.
Só para contrariar, incluo aqui na minha interminável lista de favoritos um trabalho que não é nada disso. "Mighty Joe Moon", segundo trabalho do finado trio "Grant Lee Buffalo" bate na mesma tecla em suas 13 faixas. A questão é que é uma belíssima, inspiradíssima tecla.
Alguns discos te levam para algum lugar e este não foge à essa feliz regra. "Lone Star Song", canção que abre o disco com mais guitarras do que em todo as outras, já nos situa em uma América mitológica, com fantasmas pendurados em cruzes com T de Texas. As letras não são o grande destaque da banda, contudo, sugerindo mais do que dizendo, e funcionando como desculpa para os delicados vocais de Grant Lee Phillips e músicas de harmonias simples, mas de melodias intrincadas.
Da linda "Mockingbirds", que gerou um excelente clipe, cheio de pessoas vestidas de pássaros, em diante, os violões dão o tema, emoldurados por uma parede de reverb e instrumentos acústicos timbrados com maestria pelo baixista e produtor da banda, Paul Kimble, o outro gênio da banda. Ouso dizer que o My Morning Jacket passeou por aqui.
Minhas favoritas são "Demon Called Deception" com seu lamento resignado "A decepção fez de mim o que sou" e "Honey, Don't Think", cujo título é um conselho que eu daria a todas às leitoras deste blog (Aos leitores, nenhum conselho).
Depois deste álbum viria a queda. Brigas entre integrantes, álbuns irregulares...Mas o nome do trio já estaria marcado entre os melhores momentos da década de 90.
http://www.4shared.com/file/58587492/ef5a5204/Grant_Lee_Buffalo_-_Mighty_Joe_Moon__1994_.html

Friday, August 22, 2008

Bicycle, bicycle, I want to ride my...

O Google imagens te leva a isso. Você digita bicicleta e aparece um troço desses.

Thursday, August 21, 2008

A Música Continua

E quando você acha que não dá mais, algum filho da mãe acerta o alvo em cheio. As músicas que estão na minha cabeça nos últimos dias: "Play Blind", surpreendente melodia certeira dos mais ou menos Infadels; "Sex Is On Fire" do Kings Of Leon, talvez a banda doismilista que acabe sobrevivendo com a obra mais consistente entre seus contemporâneos;42 do Coldplay, a única música que realmente não soa como chupação barata do U2 no último cd deles;"Black And Gold" de Sam Sparro, o que seria o r'n'b se não tivesse se tornado música burra e meramente comercial; "Don't Talk Down" do The Stills, leite de pedra, tudo quadradinho, mais uma belezura; e finalmente "Frustration" do The Whip, com ares de Echo & The Bunnymen.
Agora, cace no soulseek.

Sunday, August 17, 2008

Tá Errado

Essa é a onda do blog agora. Fotos da Nina Simone pelada e downloads de discos da Mulher Melancia. Será que vai?

Monday, August 11, 2008

Isaac Hayes Morreu

Isaac Hayes, gênio da música, criador, entre outras coisas, daquela levada que os moderninhos juram que o Portishead inventou, foi encontrado morto em casa no último domingo, 10/08. As razões de sua morte ainda são desconhecidas.
Ainda que há algum tempo Hayes fosse mais lembrado por dublar a voz do Chef do South Park, o músico certamente construiu uma obra que merece ser destacada entre as melhores coisas que o século XX produziu na música. Até Oscar o cara ganhou com a trilha sonora para "Shaft" nos anos 70, trilha esta que redefiniu o gênero (isso em um mercado que tinha competidores do naipe de Marvin Gaye e Curtis Mayfield!).
O mundo fica mais burro musicalmente.

Sunday, August 03, 2008

Nu Metal

No último dia de minhas férias, ou melhor recesso, me pus a pensar como tudo que é merda se torna popular no Brasil. Não, nem se trata de negativismo, mas de surpresa diante de uma tendência impressionante. Se surge uma tendência, ou modinha nova no mundo po lá fora, corremos rapidinho para imitar, ótimos imitadores que somos, mas o problema nem é esse. Boa parte da Europa e Japão fazem exatamente a mesma coisa, numa triste evidência da supremacia "cultural" do mareican way of life. O realmente terrível, é que as ondas que pegam aqui são sempre as de qualidade mais discutível, termo aqui usado como substituto para a palvra "merda", que, por já ter sido utilizada anteriormente neste e em tantos outros textos deste blog, preferi não usar aqui.
No início dos anos 2000, tivemos uma enxurrada de bandinhas pop redescobrindo o synth-pop oitentista, estourou aqui? Não. Bandinhas Strokes e pós-Strokes, tornaram-se populares aqui? Não. Agora bastou a mídia junatr três letrinhas e formar o estilo do pop que mal ousa dizer seu nome, o emo, e já podíamos ver garotos fantasiados na nossa rua.
Constatando isso, pensei em estourar os miolos, mas lembrei que não tinha revólver, e que ia fazer uma sujeira danada. Lembrei também que o suicídio é um ato tão idiota quanto um bebê raspar a cabeça porque um dia vai ficar careca. E uma frase me tranquilizou. Isso passa, porque tudo passa. Quer dizer, aquela sua tosse seca de madrugada não vai passar não, mas essas ondinhas...Daqui a pouco nem se fala mais nisso.
Alguém lembra do Nu Metal?
Limp Bizkit. Banda daqueles típiocs idiotas americanos que acham graça em Jackass. Lembra?
Korn. Raspa do tacho do NIN. Cadê?
Papa Roach. Tão lixo que lançaram um disco que tinha uma barata na capa. Em que ralo?
Slipknot. Os integrantes usavam máscaras de tanta vergonha da música ruim que produziam.
Que venha o emo. Que passe o emo, aliás, acho até que já passou. Que venha o new prog, Muse fazendo solos de guitarra com aquela técnica circense de Eddie Van Halen, Mars Volta fazendo discos conceituais, MGMT com flautinhas, que venham, não temo mais nada.
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