Wednesday, October 29, 2008

Peixe Solúvel Nada

Eu sou tão trouxa que esqueço de usar esse troço aqui como propaganda pessoal, vejam só. Pois bem, vai aqui o primeiro ep de um dos meus projetos musicais, o Peixe Solúvel. São músicas gravadas por mim, trancado em minha urna funerária, tentando adivinhar as notícias no jornal de amanhã pelas rachaduras na parede. Ou, são músicas gravadas pro mim, estatelado no chão empoeirado pensando que devia fazer sexo mais frequentemente. Ou ainda, são músicas gravadas por mim enquanto o mundo não acaba. Contando formigas que passeiam pelos cantos, cortando as unhas e pensando em Lamborghinis, procurando uma nuvem em formato de girafa, ou qualquer outra coisa.
O contador lá embaixo diz que algumas pessoas visitam essa joça, então, eu realmente apreciaria alguns comentários das pessoas que eventualmente vierem a fazer o download do EP. Ah, estou pensando em mudar meu nome artístico para Jeff Bliff Bluff.
http://rapidshare.com/files/160767231/Peixe_Sol_vel_Nada.rar.html

Tuesday, October 28, 2008

TIM FESTIVAL RIO, 25.10.2008

Nunca o TIM festival escolheu tão bem sua imagem de divulgação: a cada ano que passa é isso mesmo que acontece, o festival se queima. Ano passado tivemos o furo da Feist e os atrasos absurdos em SP. Desta vez, duas trações, talvez as mais interessantes do festival, The Gossip e Paul Weller, não vieram, deixando tudo morno demais, a despeito da imagem do festival em chamas.
Como já tinha comprado, não ia desistir. Tinha o Klaxons também, banda que acho bem mais ou menos, e ainda o Neon Neon, que já havia ouvido e achado sem sal. Pois bem, nada de surpresas.
O Klaxons até surpreendeu mostrando uma cozinha surpreendentemente eficiente, sem auxílio aparente de loops, mas mantendo bem os grooves (Há que se destacar que o som do TIM esse ano estava muito bem equalizado, e, primcipalmente o som de bateria de todas as bandas estava bastante bem tirado), mas quando a banda descamba para o rock mais tradicional, ficam evidentes suas deficiências: um guitarrista que só tem pose e não serve pra nada, talvez para tirar fotos e um tecladista igualmente inútil, vestido num modelito que Rick Wakeman aprovaria em seus tempos de glória. O show não chegou a ser chato, mas as limitações e o que a banda tem de melhor ficaram bem evidentes.

Antes deles veio o Neon Neon, projeto paralelo do Gruff Rhys, (se escreve assim esse nome bizarro?) do Super Furry Animals. O Cd, repleto de referências ao mundo pop (carros de De Lorean, Star Wars, Rachel Welch e Michael Douglas...) já não tinha me empolgado nada, com seu pop oitentista disfarçado de indie irônico, com levadas que remetem ao gazebo (I Like Chopin, ten den den den) e A-Ha. No palco até que funcionou razoavelmente bem, especialmente nas músicas cantadas pela baixista, ou nas que contaram com a participação do porra-louca Har Mar Superstar, uma espécie de elfo pornô. Rolou até um projeto de batucada torta eletrônica no final, e o show foi rápido, o que deu para disfarçar a chatice das canções.
E quando eu pensei que tudo estava acabado, ainda descobri que após 1 da manhã as tendas abririam para todo o público. Lá fui eu conferir o Junior Boys, que poderia ser uma boa banda, não fosse um guitarrista e vocalista medíocre, que é possivelmente o compositor também. Que os outros dois da banda se livrem dele rápido e formem um novo projeto, aquelas funkeadinhas de guitarra e o vocal sentimental sem fôlego do cara estão matando as boas idéias de grooves e barulhos dos demais membros.
Assisti ainda ao curioso DJ Yoda e seus scratches em DVDs (!). Interessantíssima interação entre som e imagem, mostrando que talento faz a diferença entre um bom DJ e um mero tocador de discos. Assisti a uma musiquinha só do Dan Deacon, mas me impressionou com o barulho. O cara toca no meio do público, o que pra mim dá merda, mas para o público brasileiro, sempre tão participativo e disposto a transformar qualquer show em aporesentação da Ivete Sangalo, pareceu ser uma grande diversão.
Voltei pra casa torcendo por dias melhores para o TIM e rezando para não haver cancelamentos no Planeta Terra mês que vem em SP.

Sunday, October 12, 2008

Take A Sad Song And Make It Better

Friday, October 10, 2008

ESTE É UM DOS MELHORES DISCOS DE MÙSICA POP DA MÚSICA BRASILEIRA

[Kid+Abelha+-+Seu+Espião+[1984]+-+Capa.jpg]
Isso mesmo. Desconta a capa ridícula e o nome esdrúxulo da banda. Esquece que a vocalista parecia um traveco e semitonava a cada 3 versos. Tenta perdoar o sax onipresente culpa da esquisita formação que era mania nos anos 80 no mainstream (culpa de quem? Phil Colllins? Sting? Men At Work? Dire Straits? Tina Turner? Ou todos esses juntos?). Concentre-se nas melodias que colam de cara, Leoni certeiro, inclusive na subestimada lírica.
É interessante que o som popinho da banda escondesse letras extremamente angustiadas (como uma vez vi o próprio autor destacar em uma entrevista),falando de ciúme doentio em "Seu Espião", tédio absoluto em "Nada Tanto Assim", fascismo emocional em "Como Eu Quero", desespero diante da solidão em "Alice". E isso se torna ainda mais interessante se fizermos uma comparação com essa piada que chama de emo, com bandas impossíveis de se distinguir, com rapazes fazendo um som supostamente agressivo, mas que não ofende ninguém com suas letras "dor de corno".
Tudo bem, "Fazer amor de madrugada, amor com jeito de virada" são versos que machucam o ouvido, mas nada que chegue a um nível Carlinhos Brown de insuportabilidade. "Hoje Eu Não Vou" parece escrita por um adolescente de 12 anos, mas a capacidade da banda de produzir hits que colam nas paredes do cérebro e o produtor Liminha colocando umas espertezas aqui e ali com a tecnologia mais moderna disponível no Brasil na época (em uma faixa há uma "máquina de ritmo", singelo nome para alguma bateria eletrônica ou synth) e dando uma chupada de leve em "Save A Prayer" do Duran Duran na já citada "Como Eu Quero".
Aliás, vamos resgatar o Duran Duran, outra banda exctremamente competente em produzir pérolas pop (entre coisas chatinhas aqui ali, vá lá). E A-Ha, que é o verdadeiro pai de bandas inglesas xaropentas tipo Coldplay e Keane (que eu adoro). E o Information Society que fez um show cujo vocalista usava patins no Rock In Rio 2 e mudou a vida de gente aí...Mas isso é outra história.
"Fixaçãão..."
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