Vade Metrô
O engraçado é que essa não é uma postagem sobre metrô, mas sim sobre pessoas. Até o mês passado, no meu caminho de ida e volta para o trabalho eu via um número bem limitado de pessoas, fazia um percurso um pequeno, por bairros residenciais da zona oeste e baixada fluminense do Rio, às vezes a pé ou de bicicleta.
Com meu novo endereço, passei a ser obrigado a usar o metrô, minha opção mais rápida para cruzar a cidade a tempo de não chegar muito atrasado. O lado bom é ter mais tempo para a audição de minha coleção no i-pod. O lado terrível é que tenho visto muita, muita gente.
Realmente não acho que gente seja uma coisa muito boa. Se isso fosse verdade, quanto mais gente ao seu redor, melhor você se sentiria. "Uma multidão não cria nada", eu escrevi numa canção que compus, roubando de leve Henry Miller em algum livro que li, no qual falava no caráter essencialmente solitário da criação em contraponto ao espírito destruidor inerente às multidões.
Pois é. até consigo ser cordial com um grupo pequeno de pessoas, mas muita gente ao redor costuma ser um inferno. Desprezo grupos imensamente. O grupo em geral estimula no ser humano um comportamento de matilha, uma fusão doentia de personalidades, a morte da individualidade, que talvez seja a única coisa que valha no ser humano afinal.
A falta de paisagem de boa parte das estações do metrô (pelo menos as subterrâneas) e às vezes o excesso de lotação acaba provocando outro senso de asco, o contato inevitável físico com estranhos. Pode me chamar de viadinho, mas me causa repulsa até mesmo encostar em uma mulher bonita desconhecida. Vai saber (Deixe para me chamar de viadinho quando a repulsa se direcionar também às conhecidas) onde aquele corpo esteve e que andou fazendo...
Sem opção, me vejo obrigado a dividir a experiência com aqueles seres que não escolhi encontrar. Eles. Lendo livros medíocres com jeito de intelectual refinado. Ouvindo música ruim em histéricos aparelhos de celular com alto-falantes (Isso devia mesmo ser proibido). Checando o visual no reflexo do vidro. Se esfregando numa gostosa. Falando alto alguma coisa estúpida em seus malditos celulares.
Ao menos a viagem costuma ser rápida. O que a torna quase suportável.
Com meu novo endereço, passei a ser obrigado a usar o metrô, minha opção mais rápida para cruzar a cidade a tempo de não chegar muito atrasado. O lado bom é ter mais tempo para a audição de minha coleção no i-pod. O lado terrível é que tenho visto muita, muita gente.
Realmente não acho que gente seja uma coisa muito boa. Se isso fosse verdade, quanto mais gente ao seu redor, melhor você se sentiria. "Uma multidão não cria nada", eu escrevi numa canção que compus, roubando de leve Henry Miller em algum livro que li, no qual falava no caráter essencialmente solitário da criação em contraponto ao espírito destruidor inerente às multidões.
Pois é. até consigo ser cordial com um grupo pequeno de pessoas, mas muita gente ao redor costuma ser um inferno. Desprezo grupos imensamente. O grupo em geral estimula no ser humano um comportamento de matilha, uma fusão doentia de personalidades, a morte da individualidade, que talvez seja a única coisa que valha no ser humano afinal.
A falta de paisagem de boa parte das estações do metrô (pelo menos as subterrâneas) e às vezes o excesso de lotação acaba provocando outro senso de asco, o contato inevitável físico com estranhos. Pode me chamar de viadinho, mas me causa repulsa até mesmo encostar em uma mulher bonita desconhecida. Vai saber (Deixe para me chamar de viadinho quando a repulsa se direcionar também às conhecidas) onde aquele corpo esteve e que andou fazendo...
Sem opção, me vejo obrigado a dividir a experiência com aqueles seres que não escolhi encontrar. Eles. Lendo livros medíocres com jeito de intelectual refinado. Ouvindo música ruim em histéricos aparelhos de celular com alto-falantes (Isso devia mesmo ser proibido). Checando o visual no reflexo do vidro. Se esfregando numa gostosa. Falando alto alguma coisa estúpida em seus malditos celulares.
Ao menos a viagem costuma ser rápida. O que a torna quase suportável.
3 Comments:
não reclame, acho q vc tem sorte por estar contra o fluxo...
esperimenta pegar esse metro na mesma hora porém no sentido contrário...
ps: eu fico checando o meu visual no vidro...
Vc pode fazer o que a maioria faz e não ser escrotona. Vc é o urso.
É verdade!
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