Prodigy - 24.09.2009
E eu quase esqueci do show do Prodigy. Sempre tive os dois pés atrás com o grupo. Nos anos 90, com as lições de casa do Aphex Twin, NIN e Young Gods, eles tiveram sua importância popularizando uma forma mais agressiva de música eletrônica. Em 2009, são o típico caso de artista que volta ao Brasil sempre que pode atrás de uns trocados, longe de seus dias de glória.
O que de certa forma é uma pena, pois, como disse Paul Simon, muitas vezes o ostracismo de um artista coincide com o momento mais criativo e bem-acabado de sua arte. O penúltimo trabalho de estúdio do Prodigy é excelente, principalmente pela ausência dois dois mcs palhaços Keith Flint e Maxim Reality. o último é ok e traz os cars de volta.
O último show deles no Brasil, no skol beats em SP havia sido uma perda de tempo, quase um show capenga de metal de arena. Este, com um som inacreditavelmente bom para o Citibank Hall, foi superior, com repertório baseado no último trabalho deles "Invaders Must Die" (que, com seu refrão fascista/xenófobo me pareceu uma tentativa barata de causar controvérsia como em "Smack My Bitch Up", seu grande hit polêmico, ode ao espancamento de mulheres e videoclipe com lesbianismo e uso de drogas explícito).
Liam Howlett, o cérebro do Prodigy, continua eficiente e inspirado com suas maquininhas de fazer barulho, mas os MCs, principalmente Flint, gordo e sem voz, chateiam mais do que divertem. Que Howlett os despeça de vez e traga de volta Juliette Lewis que fez os melhores vocais de toda a história do Prodigy.
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