1. Existe um fim que continua acontecendo, uma espécie de fim intermediário, prelúdio daquele assustador, daquele que traz o grande alívio. O que não mudou ouvia quase atento a que mudou torcendo o mundo para justificar a tolice de seus atos. A que mudou falava com um desespero típico de quem está perdido, o que não mudou ouvia as palavras como se viessem de uma máquina antiga inútil, etc. etc. etc. Nada poderia situá-los num mesmo universo à essa altura.

2. Existe um início que não leva a lugar algum, é um fim ao mesmo tempo que início. O anjo insuspeito sentou à janela e aquele lugar nunca mais foi o mesmo. O  cretino da vila achou tudo lindo, sem exceção, mas que diferença isso faz diante da mesma história que se repete? Sente e escreva uma história, ele teria dito, tivesse voz.

3. Existiu um início que não previu esse meio que é um fim disfarçado. De onde a moça tirou todo esse afeto, tão belo quanto inútil? O cafajeste bateu o recorde de sorrisos falsos, sua mente sempre no lugar errado. Como informar à moça que o amor tem sérios problemas de sincronia?