Sunday, November 09, 2008

Planeta Terra 2008

Lá fui eu de novo. A opção era o show do REM aqui no Rio ou Jesus & Mary Chain, Breeders e mais alguns nomes do rock/pop atual, e o pacote paulista pareceu mais interessante. Apesar de uma terrível dor na coluna que me acometeu na última quarta, deixei o rock and roll falar mais alto, e o saldo acabou sendo positivo, apesar de ter assistido a apenas 2 shows realmente bons, e justamente os dos veteranos.
Obviamente cheguei atrasado para não correr o risco de ouvir nulidades como Mallu Magalhães e Vanguart. Desculpe, mas não sou trouxa o suficiente para engolir essas armações escancaradas que blogs supostamente informativos tentam empurrar nossa goela abaixo. São ruins e pronto. Não me interessa que sejam jovens, tenham futuro, sejam promessas. O futuro é uma abstração, o que temos é o agora, e agora eles são um lixo.
Meu medo de não ver essas merdas que citei, acabou me fazendo perder algumas músicas do Jesus & Mary Chain. Menos mal que tenha assistido ao magnífico show da banda no Canecãoem 1990. "Head On" rolava lá dentro e eu tentava achar a maldita entrada 2, rodando pela sinistra área, quase uma locação de "O Albergue", dos Galpões Savoy. Me acabei, dancei de olhinhos fechados e tudo, mas nãoi há como negar que a banda tocou versões cansadas de músicas maravilhosas. William Reid definitivamente não é mais o mesmo (sem quere comparar, mas em 90 cheguei em casa ainda ouvindo seus "solos" de guitarra!!) e o que havia de brilhante ali eram as composições e o legado de uma banda que mudou a cara do rock.
Vi duas músicas do Foals. 2 que podiam ser uma. Algo de disco punk, um pouquinho de levadas "quebradas", muito conceito e pouca inspiração. Um compositor talvez salvasse a banda.
Um pouquinho de Spoon. Foi mal, mas esse território que a banda explora já foi devidamente esgotado por quase tudo que foi feito na América nos anos 90. Irrelevância total. Se eu não tivesse ouvido tudo que ouvi nos anos 90 no gênero, talvez achasse menos sacal.

foto by Marcos Ramos


Breeders surepreendeu demais. Esperava algo frouxo, graças à fama de junkie das irmãs Deal, mas o que tivemos foram verdadeiros clássicos do rock alternativo dos anos 90, tocados com graça, fúria e precisão que fariam o William Reid ficar com vergomnha do tímido overdrive com que tocou "Just Like Honey". As melhores guitarras do festival, um ar de despretensão e diversão e até cover do Guided By Voices. Melhor show do festival, porque estamos falando de música.
Perdi o Bloc Party, mas não devo ter perdido muito, ainda que ache o último lançamento deles interessante. Depois do massacre do Breeders, não ia dar para os rapazes sensíveis e cheios de pose. E o Kaiser Chiefs? Considero-os competentes, seguindo a tradição de pop inglês de bandas como o Blur, com boas letras com referências ao English way of life e explícitas influências do que se fez de melhor naquelas bandas. Só que depois de 2 músicas, e olha que foram 2 hits, fiquei de saco cheio e deixei eles lá tocando para a juventude paulista.
Eu sei que tô ficando velho, mas, sei lá, é isso mesmo. Desta vez, os quarentões venceram.

2 Comments:

Blogger Marcos AM Ramos said...

Deus permita que eu nunca mais tenha que ouvir os sotaque paulista por tantas horas seguidas.
Mas foi um preço a pagar para curtir o show, Breeders foi bom demais em vários sentidos!
E cachorro quente coberto de purê de batata é bizarro, mas até que vai.

9:47 AM  
Blogger Lizz Mariano said...

Pô vou falar o que? Eu não fui!!!!
Meu castigo? Será o sotaque dos meus parentes paulistas que vão passar mais final de ano aqui comigo!
Rsrsrsrsrsrsrsrs

2:48 PM  

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