Natal Sobre A Terra
Chove e Papai Noel vai se molhar para caralho. Tentaram me convencer que ele não existia, mas eu não sou trouxa. Na verdade, leitores, ele só ignora alguns. Bem, não quero parecer que estou tristinho. Até porque não estou. Não sou cristão e fui batizado numa religião afro-brasileira. Jesus nasceu em Março. Mas, no duro, acho que seria mais proveitoso para a raça humana se todos tirassem um dia do ano para serem egoístas, estúpidos, brutais e pretensiosos, e no resto do ano confraternizassem, e pendurassem luzinhas colordas em suas casas. Oh, meu velho coração romântico. E ainda que fosse um distribuidor de pronografia ilegal no vale da morte, ou na Baixada Fluminense, eu não me entregaria fácil.
Meu presente de mau velhinho para vocês: um auto natalino.
"Ela era uma senhora de boníssimo coração, sempre disposta a ajudar quem precisasse, sempre com um sorriso no rosto. A idade avançada não havia lhe roubado a agilidade mental, nem tomado seu coração com amargura. Todos na rua em que morava a chamavam de Vovó e todos se sentiam mesmo meio netos dela. Ela foi encontrada com uma tesoura enfiada no olho esquerdo, mas não foi na noite de natal não.
O gatinho mais bonito da ninhada foi adotado por Joaninha, uma doce menininha esperta de 7 anos. Um vizinho filho da puta colocou veneno na comida dele e ela nunca conseguiu dar um nome a ele, o que prejudicou sensivelmente a minha história.
Ricardo e Virgínia eram como metades de uma laranja estúpida. Os mesmos gostos, a mesma altura, os mesmos objetivos na vida. Perfeitos, feitos um para outro como num clichê de filme hollywoodiano. Só que, a despeito de viverem na mesma cidade e frequentarem os mesmos lugares, eles nunca se encontraram.
Acho que vocês já entenderam."
A propósito, evil will prevail, people ain't no good and tra la la happy days.
Meu presente de mau velhinho para vocês: um auto natalino.
"Ela era uma senhora de boníssimo coração, sempre disposta a ajudar quem precisasse, sempre com um sorriso no rosto. A idade avançada não havia lhe roubado a agilidade mental, nem tomado seu coração com amargura. Todos na rua em que morava a chamavam de Vovó e todos se sentiam mesmo meio netos dela. Ela foi encontrada com uma tesoura enfiada no olho esquerdo, mas não foi na noite de natal não.
O gatinho mais bonito da ninhada foi adotado por Joaninha, uma doce menininha esperta de 7 anos. Um vizinho filho da puta colocou veneno na comida dele e ela nunca conseguiu dar um nome a ele, o que prejudicou sensivelmente a minha história.
Ricardo e Virgínia eram como metades de uma laranja estúpida. Os mesmos gostos, a mesma altura, os mesmos objetivos na vida. Perfeitos, feitos um para outro como num clichê de filme hollywoodiano. Só que, a despeito de viverem na mesma cidade e frequentarem os mesmos lugares, eles nunca se encontraram.
Acho que vocês já entenderam."
A propósito, evil will prevail, people ain't no good and tra la la happy days.
4 Comments:
entendi?
sim sim, é que você nem sabe.
Deixe-me enxugar minhas lágrimas... Seu auto de natal me sensibilizou, cara, especialmente o fato de o gatinho não ter nem recebido um nome. Aliás, gatos de novo, né? hehehehe
Gatos sempre. Repito, Aprenda com os gatos.
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