Friday, December 15, 2006

O rapaz piadista olhou para baixo, da varanda do sexto andar, e se você fosse ele, veria uma manhã cinza pelo filtro de seus olhos marrons. Veria também um beija-flor colhido no ímpeto de beijar algo além das folhas úmidas das árvores, um adolescente acompanhando o vôo do pássaro,e uma jovem senhorita de cabelos oxigenados que preferia estar na cama a essa hora.
Aos olhos do rapaz que infelizmente não puxara aos belos olhos verdes de seu pai, nada era belo. Ele contava menos piadas ultimamente e ocupava seus pensamentos com as questões mais variadas sobre um corpo humano em queda livre. Doeria? Teria êxito ao menos nisso, em por fim nesse desperdício? Estariam os espíritas certos e continuaria o sofrimento a despeito dos ossos quebrados?
Ele não estava triste. Não sentia nada além da curiosidade sobre as perguntas que se amontoavam na sua mente. Quando as piadas terminam até para o palhaço, é hora de se preocupar. Subiu lentamente no parapeito, sentindo o vento frio da manhã no seu rosto em sem pensar duas vezes pulou.
Não, ele não pulou não. Poderia ter pulado, talvez tivesse sido melhor se o fizesse, mas não pulou. Pelo sim pelo não, deixou-se levar, o que é sempre mais fácil.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

intiresno muito, obrigado

11:26 PM  

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