Aprenda Com Os Gatos, De Novo
Acima, Ceará, um gato pop, mas
razoavelmente cético quanto ao
futuro dessa josta toda
William Burroughs escreveu sobre suas experiências com os gatos, no adorável "The Cat Inside", tirando qualquer possibilidade de originalidade que eu pudesse vir a ter, mas jamais me pretendi original. No post anterior eu mencionei minhas lições com os gatos, tentando jogar um gancho sobre a "outra lição" que não mencionei, mas não funcionou, ninguém ficou curioso. (Anteriormente secretamente desejei derrubar a cristandade com meu gracejo sobre Jesus, mas foi igualmente ignorado. O terrorismo jamais pode ser sutil).
Mas lá vai o que ninguém quer saber. Estava eu na minha boçalidade humana, tão humana, mostrando uma imagem de um gatinho na TV para meu gatinho caçula, o Ceará. Consegui até fazê-lo olhar para a figura, mas foi tudo. Ele olhou para mim em seguida, impaciente e entediado com meus equívocos, e disse, mudamente, ao modo dos gatos, com seus olhos: "Um gato é um gato, não a imagem de um gato".
E aí lembrei de todos nós que levamos mais a sério a imagem distorcida do que chamamos de espelho (ou você acha que os espelhos refletem fielmente a realidade?) do que aquilo que realmente somos. E lembrei dos meus amigos que constroem suas vidas em cima de personagens supostamente cults de filmes pretensamente artísticos (meus amigos não fazem isso, só meus inimigos). E minha mente não parou mais de lembrar de pobres mulheres enlouquecendo com seu fracasso por não atingir as curvas de mulheres retratadas em telas de TV, computador ou em reproduções fotográficas. Meu gato me inrterrompeu com um olhar no qual me chamava de babaca, nessa mania de criticar o comportamento alheio.
Se Moisés houvesse ficado só mais um minutinho em cima da montanha, teria tomado nota do décimo-primeiro mandamento,"Deixa o cara". Ou seja, se o cara está feliz, deixa ele lá. Deixa ele lá mastigando tachinhas, ouvindo Jethro Tull ou pulando da janela do décimo terceiro andar. EU SEI EU SEI EU SEI.
Aliás, Ceará está aqui no meu colo nesse momento e pede a palavra:
" Esqueçam tudo que meu dono disse. No calor ele fica assim mesmo, meio insuportável. Só não esqueçam do que realmente importa, a saber. A imagem de uma coisa e a coisa são coisas diferentes. Miau."
razoavelmente cético quanto ao
futuro dessa josta toda
William Burroughs escreveu sobre suas experiências com os gatos, no adorável "The Cat Inside", tirando qualquer possibilidade de originalidade que eu pudesse vir a ter, mas jamais me pretendi original. No post anterior eu mencionei minhas lições com os gatos, tentando jogar um gancho sobre a "outra lição" que não mencionei, mas não funcionou, ninguém ficou curioso. (Anteriormente secretamente desejei derrubar a cristandade com meu gracejo sobre Jesus, mas foi igualmente ignorado. O terrorismo jamais pode ser sutil).
Mas lá vai o que ninguém quer saber. Estava eu na minha boçalidade humana, tão humana, mostrando uma imagem de um gatinho na TV para meu gatinho caçula, o Ceará. Consegui até fazê-lo olhar para a figura, mas foi tudo. Ele olhou para mim em seguida, impaciente e entediado com meus equívocos, e disse, mudamente, ao modo dos gatos, com seus olhos: "Um gato é um gato, não a imagem de um gato".
E aí lembrei de todos nós que levamos mais a sério a imagem distorcida do que chamamos de espelho (ou você acha que os espelhos refletem fielmente a realidade?) do que aquilo que realmente somos. E lembrei dos meus amigos que constroem suas vidas em cima de personagens supostamente cults de filmes pretensamente artísticos (meus amigos não fazem isso, só meus inimigos). E minha mente não parou mais de lembrar de pobres mulheres enlouquecendo com seu fracasso por não atingir as curvas de mulheres retratadas em telas de TV, computador ou em reproduções fotográficas. Meu gato me inrterrompeu com um olhar no qual me chamava de babaca, nessa mania de criticar o comportamento alheio.
Se Moisés houvesse ficado só mais um minutinho em cima da montanha, teria tomado nota do décimo-primeiro mandamento,"Deixa o cara". Ou seja, se o cara está feliz, deixa ele lá. Deixa ele lá mastigando tachinhas, ouvindo Jethro Tull ou pulando da janela do décimo terceiro andar. EU SEI EU SEI EU SEI.
Aliás, Ceará está aqui no meu colo nesse momento e pede a palavra:
" Esqueçam tudo que meu dono disse. No calor ele fica assim mesmo, meio insuportável. Só não esqueçam do que realmente importa, a saber. A imagem de uma coisa e a coisa são coisas diferentes. Miau."
3 Comments:
miau. genial.
isso me lembrou aquela coisa de 'ceci n'est pas une pipe'. se eu ainda morasse perto do pompidou, comprava o postal desse troço pra você.
Então vou te ajudar... "mas mário, e Jesus?"
A maior sorte dos cristãos de língua portuguesa é Jesus rimar com cruz. Todo o resto eu olho com suspeita. Aliás, desconfio que meu gato, Ceará, seja o messias da nova era.
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