Sunday, June 22, 2008

R.E.M. - Document

Para alguém que conheceu o R.E.M. já como superbanda após o mega-hit "Losing My Religion" e se familiarizou com as macaquices do Michael Stipe, é difícil imaginar que um dia eles foram uma obscura banda americana. E mais, que nessa fase de osbcuridade, em uma gravadora independente, lançaram trabalhos que influenciaram toda uma geração de bandas americanas, com um som fortemente calcado no country rock dos Byrds e de Neil Young, mas com personalidade suficiente para transformar as influências num estilo pessoal.
Eis um disco como eles jamais conseguirão fazer novamente, por mais que o recente "Accelerate" se esforce em soar guitarreiro e barulhento. Era o fim do mundo e eles não sabiam.
"Finest Worksong" já dá a pista de que estamos diante de um clássico. Guitarras perfeitas, batida segura, baixo na medida e a voz marcante de Michael Stipe cantando sobre algo que provavelmente nem ele sabia muito bem do que se tratava. Convém lembrar que naquela época, a banda era notória por suas atitudes anti-mainstream, como não dublar músicas nos clips, escrever letras truncadas e complexas, e Stipe em alguns shows passava a maior parte do tempo de costas para a platéia, apontando para um telão onde surgiam imagens desconexas e frases dúbias.
Não há um momento de fraqueza nesse álbum. No seu lançamento, Stipe referia-se a esse como o álbum mais "macho" da banda. As guitarras acertam sempre, os riffs de "Welcome To The Occupation" e "Disturbance At The Heron House" demonstram toda a bagagem de Peter Buck (seus dedilhados remetem ao que de melhor o rock produziu, de Roger McGuinn a Tom Verlaine, passando por Stooges, Velvet e Ramones) e a interação com o baixo produz momentos de perfeição pop.
A perfeição pop que gerou as duas melhores canções do grupo, talvez, "It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)" - que fecha os shows da banda até hoje - e "The One I Love", seu primeiro e tímido hit, no Brasil inclusive, e que era um indicador das dimensões que a banda viria a tomar, para o bem e para o mal, nos anos 90.
O documento de uma banda em seu auge, praticamente invencível.
Inclusive, tem até um link que...http://www.mediafire.com/?0wnn239n91z

2 Comments:

Blogger Marcos AM Ramos said...

Álbum mais "macho" da banda??? Deve ser o preferido do Stipe, então.

8:29 PM  
Anonymous Anonymous said...

link download : http://www.megaupload.com/?d=P1F3GZTH

7:15 AM  

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