3 Tomates Iam Atravessar A Rua
3 Tomates iam atravessar a rua enquanto conversavam sobre o inexorável vazio da existência. Não olhavam para os lados porque, ao contrário do que dizem todas as mães, mesmo as dos tomates, nem sempre é preciso olhar para os dois lados. Há ruas que só levam para um lado e até há ruas que não levam a lugar algum. São ruas fracassadas, deram errado e acabaram em algum muro. Caso sua mãe lhe diga para não dirigir um carro a 190 km/h numa dessas ruas, leve a sério.
Eram 3 tomtes iguais. Era anti-natural vê-los assim, com a mesma opinião, os mesmos valores, gírias, gosto musical, o mesmo vermelho insosso. Sentiam-se extremamente orgulhosos de serem tão parecidos. Não padeciam da doença da originalidade. Sentiam-se extremamente orgulhosos de serem tão parecidos e até seu orgulho era idêntico.
Esperavam o fluxo dos carros diminuir para atravessarem uma rua importante, uma rua na qual muitos automóveis passavam a velocidades estonteantes. Alguns carros eram pequenos e guiados por rostos tristes que só se iluminavam qundo atingiam um transeunte desavisado. Outros grandes e repletos de rostos tristes que às vezes sorriam quando os veículos menores se chocavam e se destruíam.
Eram 3 tomates, mas poderia ser um só, talvez fossem um milhão de tomates idênticos a atravessar a rua. Logo morreriam atropelados, esmagados sob as rodas de um daqueles veículos super-potentes, afinal, não é para isso que são construídas as rodovias?
Quando fossem esmagados, ouviria-se um ruído surdo, "plof", "pluf","plef", na verdade 3 ruídos surdos. Surdas também seriam as risadas abafadas do motorista responsável pelos atropelamentos, mas talvez não fosse possível ouvir, porque os carros super-potentes têm sistemas de som ensurdecedores e vidros escuros, o que lhes confere um charmosíssimo tom impessoal.
Após o fim dos tomates nossas atenção se desviaria para algum outro evento cruel, desnecessário, grotesco e absurdo.
Eram 3 tomtes iguais. Era anti-natural vê-los assim, com a mesma opinião, os mesmos valores, gírias, gosto musical, o mesmo vermelho insosso. Sentiam-se extremamente orgulhosos de serem tão parecidos. Não padeciam da doença da originalidade. Sentiam-se extremamente orgulhosos de serem tão parecidos e até seu orgulho era idêntico.
Esperavam o fluxo dos carros diminuir para atravessarem uma rua importante, uma rua na qual muitos automóveis passavam a velocidades estonteantes. Alguns carros eram pequenos e guiados por rostos tristes que só se iluminavam qundo atingiam um transeunte desavisado. Outros grandes e repletos de rostos tristes que às vezes sorriam quando os veículos menores se chocavam e se destruíam.
Eram 3 tomates, mas poderia ser um só, talvez fossem um milhão de tomates idênticos a atravessar a rua. Logo morreriam atropelados, esmagados sob as rodas de um daqueles veículos super-potentes, afinal, não é para isso que são construídas as rodovias?
Quando fossem esmagados, ouviria-se um ruído surdo, "plof", "pluf","plef", na verdade 3 ruídos surdos. Surdas também seriam as risadas abafadas do motorista responsável pelos atropelamentos, mas talvez não fosse possível ouvir, porque os carros super-potentes têm sistemas de som ensurdecedores e vidros escuros, o que lhes confere um charmosíssimo tom impessoal.
Após o fim dos tomates nossas atenção se desviaria para algum outro evento cruel, desnecessário, grotesco e absurdo.
3 Comments:
Parece kafka.
Embora eu nunca tenha lido kafka.
Oi, cara. Desculpa a ause^ncia, estou retomando a leitura do teu blog!
Bacana, já voltei pegando um texto joinha, supimpa e bacaninha!
Debimental!
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