Por Que Tão Sério? Por Que Tão Ruim?
Todo mundo sabe o que dizem sobre unanimidades. Tudo se torna ainda mais suspeito, se o assunto em questão é um produto que custa milhões, bilhões de dólares. Tem que haver retorno, o capital investido tem que retornar triplicado, quadriplicado, o público tem que ficar saitisfeito, os produtores, os divulgadores, é bastante gente. Bobagem gastar neurônios com um produto que é pura diversão para as massas, diriam alguns. Discordo. os filmes "sem ideologia", a cada bobagem hollywoodiana que assisto, cada vez mais me convencem que são os mais ideológicos.
Confesso que vejo ainda com mais má vontade as adaptações de quadrinhos feitas por Hollywood. Não consigo (na verdade consigo) entender por quê os diretores e produtores escolhem determinados personagens para adaptar para a telona e simplesmente alteram completamente a sua essência, quando seria mais fácil e lógico, simplesmente inventar um personagem novo, que poderia expressar exatamente as idéias de seus criadores, sem maiores deturpações. Ah sim, claro, um personagem novo não faz parte do imaginário do grande público, não sendo portanto imediatamente vendável. Nada que um marketing abusivo não resolva.
Nunca pensei que fosse sentir saudade das adaptações de Tim Burton. Ao menos suas adaptações conseguiam captar a atmosfera sombria e ao mesmo tempo grotesca e meio ridícula das histórias do homem-morcego. Meio ridícula sim. Homens vestidos de morcego, pinguim, coringas, pontos de interrogação não têm como ser levados a sério, por mais que gente tola tenha engolido a suposta guinada dark dos quadrinhos do final dos anos 80 e início dos anos 90.
Densidade, profundidade, discussão de dramas existenciais? Não, o filme de Cristopher Nolan não é nada disso, isso é Dostoievsky. Heath Ledger "é" o Coringa? De forma alguma. Uma rápida passagem por qualquer revistinha do Batman vai nos mostrar um personagem psicopata e doentio, mas jamais truculento. A palavra chave dessa bobagem chamada Cavaleiro Das Trevas, aliás, é truculência.
O Coringa de Nolan e Ledger está mais próximo dos vilões pós-sub-Hannibal Lecter dos filmes de torture porn da atualidade como "Saw" (Jogos Mortais). O Batman troca golpes de caratê com seus oponentes, sem se utilizar da maior arma que o personagem possui nos quadrinhos, que é o mistério sobre sua possível origem sobrenatural. Se é pra dar joelhada e cotovelada, para quê se vestir de morcego? A única personagem feminina de alguma - pequena - relevância, interpretada pela feiosa Maggie Gyllenhall (é assim que se escreve? Tô com preguiça de checar), morre como se nunca houvesse existido.
Épico? Só na aconcepção de épico aplicada a baboseiras como jogos de RPG, trilogia "Senhor Dos Anéis" ou discos do Angra. O filme parece ter 3 horas e meia, isso é épico o bastante? É claro que o público adora ver lápis enfiados em cabeças e caminhões capotando, mas ao ver um filme, posso até desligar o celular, mas o cérebro deixo ligado.
Batman com B de Bush, invade países alheios em nome de um bem maior. Invade a privacidade de toda uma cidade (Sol em Gotham City? Vai à merda, Nolan!) por uma causa justa, e embora vá passar como vilão aos olhos da maioria, é um herói em seu íntimo na brega conclusão do filme.
Depois desse monte de asneiras, só baixando a melhor adaptação de quadrinhos já feita, a única que conseguiu captar a essência da obra em que se baseava, "Sin City". Ok, Homem-Aranha também passa, apesar da tolice do último filme.
Confesso que vejo ainda com mais má vontade as adaptações de quadrinhos feitas por Hollywood. Não consigo (na verdade consigo) entender por quê os diretores e produtores escolhem determinados personagens para adaptar para a telona e simplesmente alteram completamente a sua essência, quando seria mais fácil e lógico, simplesmente inventar um personagem novo, que poderia expressar exatamente as idéias de seus criadores, sem maiores deturpações. Ah sim, claro, um personagem novo não faz parte do imaginário do grande público, não sendo portanto imediatamente vendável. Nada que um marketing abusivo não resolva.
Nunca pensei que fosse sentir saudade das adaptações de Tim Burton. Ao menos suas adaptações conseguiam captar a atmosfera sombria e ao mesmo tempo grotesca e meio ridícula das histórias do homem-morcego. Meio ridícula sim. Homens vestidos de morcego, pinguim, coringas, pontos de interrogação não têm como ser levados a sério, por mais que gente tola tenha engolido a suposta guinada dark dos quadrinhos do final dos anos 80 e início dos anos 90.
Densidade, profundidade, discussão de dramas existenciais? Não, o filme de Cristopher Nolan não é nada disso, isso é Dostoievsky. Heath Ledger "é" o Coringa? De forma alguma. Uma rápida passagem por qualquer revistinha do Batman vai nos mostrar um personagem psicopata e doentio, mas jamais truculento. A palavra chave dessa bobagem chamada Cavaleiro Das Trevas, aliás, é truculência.
O Coringa de Nolan e Ledger está mais próximo dos vilões pós-sub-Hannibal Lecter dos filmes de torture porn da atualidade como "Saw" (Jogos Mortais). O Batman troca golpes de caratê com seus oponentes, sem se utilizar da maior arma que o personagem possui nos quadrinhos, que é o mistério sobre sua possível origem sobrenatural. Se é pra dar joelhada e cotovelada, para quê se vestir de morcego? A única personagem feminina de alguma - pequena - relevância, interpretada pela feiosa Maggie Gyllenhall (é assim que se escreve? Tô com preguiça de checar), morre como se nunca houvesse existido.
Épico? Só na aconcepção de épico aplicada a baboseiras como jogos de RPG, trilogia "Senhor Dos Anéis" ou discos do Angra. O filme parece ter 3 horas e meia, isso é épico o bastante? É claro que o público adora ver lápis enfiados em cabeças e caminhões capotando, mas ao ver um filme, posso até desligar o celular, mas o cérebro deixo ligado.
Batman com B de Bush, invade países alheios em nome de um bem maior. Invade a privacidade de toda uma cidade (Sol em Gotham City? Vai à merda, Nolan!) por uma causa justa, e embora vá passar como vilão aos olhos da maioria, é um herói em seu íntimo na brega conclusão do filme.
Depois desse monte de asneiras, só baixando a melhor adaptação de quadrinhos já feita, a única que conseguiu captar a essência da obra em que se baseava, "Sin City". Ok, Homem-Aranha também passa, apesar da tolice do último filme.
2 Comments:
síndrome de "do contra"...
tsc, tsc...
Obrigado pela visita, meu caro, mas eu gostaria de argumentos contrários aos meus. Senão, eu respondo ao seu comentário apenas assim "não, não é não".
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