Spirit
Eu juro que não faço de propósito esse negócio de nadar contra a correnteza da crítica especializada, mas lá vamos nós de novo. Malharam o filme de Frank Miller, chamando-o inclusive de "pior adaptação já feita dos quadrinhos", e eu tenho que dizer: é tudo culpa do Batman.
O filme tem sim seus defeitos, mas longe da montanha de lama que estão jogando em cima dele. Eu diria que um dos principais, não o único, mas um dos principais incômodos que o filme causa nos especatdores pós-Batman Dark Knight éo tom farsesco que adota desde seu início, uma estética camp que remete ao Batman barrigudinho do seriado de TV. Nada de realismo para a geração do cinema videogame, nada de vísceras expostas, nada de filosofia barata que faz espectadores se sentirem orgulhosos de sua suposta inteligência por acompanhar obra tão "intrincada".
Outro incômodo para os que confundem cinema com literatura: o filme tem um roteiro que não se leva a sério em nenhum momento. Escancara a estupidez sadia dos filmes de super-herói. Se concentra no que muita gente esqueceu, o caráter essencialmente visual do cinema. Miller esbanja talento, e até exagera, mas ora bolas, por que não exagerar nos delírios visuais? Quer diálogos? Vá ver uma peça. Quer tramas mirabolantes? Tente um bom romance.
Confesso que me apreciei muito a visão, já presente em Sin City, dos personagens femininos como essenciais à trama e retratados sob uma névoa onírica, que, apesar de fetichista e idealizadora, funciona perfeitamente no cinema (reparem em como a iluminação privilegia ângulos, filtros e cores que sugerem uma natureza quase divina para TODAS as personagens femininas. Legal, coisa de quem gosta de mulher, coisa mais rara do que se pensa) e surge como um exemplo quase único na atual realidade do cinema pop, que parece preferir personagens femininos que se equiparam aos masculinos no fator porrada, mas de resto funcionam como mera decoração.
Vá e veja e tire suas conclusões. Eu gostei.
O filme tem sim seus defeitos, mas longe da montanha de lama que estão jogando em cima dele. Eu diria que um dos principais, não o único, mas um dos principais incômodos que o filme causa nos especatdores pós-Batman Dark Knight éo tom farsesco que adota desde seu início, uma estética camp que remete ao Batman barrigudinho do seriado de TV. Nada de realismo para a geração do cinema videogame, nada de vísceras expostas, nada de filosofia barata que faz espectadores se sentirem orgulhosos de sua suposta inteligência por acompanhar obra tão "intrincada".
Outro incômodo para os que confundem cinema com literatura: o filme tem um roteiro que não se leva a sério em nenhum momento. Escancara a estupidez sadia dos filmes de super-herói. Se concentra no que muita gente esqueceu, o caráter essencialmente visual do cinema. Miller esbanja talento, e até exagera, mas ora bolas, por que não exagerar nos delírios visuais? Quer diálogos? Vá ver uma peça. Quer tramas mirabolantes? Tente um bom romance.
Confesso que me apreciei muito a visão, já presente em Sin City, dos personagens femininos como essenciais à trama e retratados sob uma névoa onírica, que, apesar de fetichista e idealizadora, funciona perfeitamente no cinema (reparem em como a iluminação privilegia ângulos, filtros e cores que sugerem uma natureza quase divina para TODAS as personagens femininas. Legal, coisa de quem gosta de mulher, coisa mais rara do que se pensa) e surge como um exemplo quase único na atual realidade do cinema pop, que parece preferir personagens femininos que se equiparam aos masculinos no fator porrada, mas de resto funcionam como mera decoração.
Vá e veja e tire suas conclusões. Eu gostei.
2 Comments:
Não consigo assistir Batman. Ele anda na bolsa o tempo inteiro e quase sempre, acaba sendo substituído por outro filme.
Vou ver Spirit, eu espero.
É isso aí, concordo plenamente. Só insisto em destacar, mais uma vez, Eva Mendez como um dos pontos altos do filme (mesmo em seus pontos mais baixos, se me faço entender...)!!!
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