Wednesday, September 30, 2009

Depeche Mode - "Hole To Feed"



Não contentes em lançar um dos melhores álbuns do ano, o Depeche Mode soltou esse clip fantástico.

Sunday, September 27, 2009

O Mundo Devia Amar os Zutons



Não bastam 3 álbuns recheados de boas canções, com influência do melhor do rock e r'n'b britânicos dos anos 60. Não basta uma boa performance de palco. Não bastam belas levadas de guitarra e um vocalista potente. Não basta uma saxofonista gatinha, cuja maior influência é Lisa Simpson:
Por que o mundo inteiro não ama os Zutons?

Heroes S04E01


Ok, eu sou o único nerd que ainda acompanha essa série e nem culpo quem abandonou o barco na terceira temporada, que teve excelentes ganchos nas mãos - como o episódio em que os personagens todos perderam os poderes, ou a posição ambígua de Sylar na trama - e simplesmente os jogou fora em nome de soluções pervisíveis.
A quarta temporada começou mais do que morna. Isso somado à avacalhação inevitável das lembranças das novelinhas da Record com mutantes torna a tarefa de acompanhar a série quase idiotice.
Nem vou confessar que acompanho "Fringe" também...

Scott Walker - "Scott"



Como já disse na postagem sobre Chris Bell, um grande disco tem que ter uma capa expressiva. O primeiro disco-solo de Scott walker cumpre perfeitamente esse requisito: a imagem em sépia é icônica o suficiente e expressa bem a proposta do artista no período: recém saído dos Walker Brothers, bem-sucedido fenômeno pop adolescente, Scott (houve quem o chamasse de Jean Paul Sinatra, uma combinação de Sartre e Sinatra, por isso) almejava uma musicalidade que, ainda que obedecesse aos padrões pop da época, fosse mais profunda em termos de conceito, filosófica até.
Se utilizando de clássicos de outros gênios como a faixa de abertura "Mathilda", do belga Jacques Brel, e sorrateiramente compondo algumas faixas tão poderosas quanto as covers escolhidas, Scott constrói um belíssimo album, que apesar de conter canções de diferentes compositores, mantém a unidade temática. De quebra, insere no mundo pop toda aquela dramaticidade de crooner que você pensava que o Bowie havia inventado.
http://rapidshare.com/files/285767866/SW.rar.html

Saturday, September 26, 2009

District 9


District 9 é um dos melhores filmes do ano. Também num ano medíocre como esse 2009, não é preciso muito. O filme brilha pelas sacadas e o interessante é que são justamente as suas boas idéias é que põem um roteiro num beco sem saída.
Aliens chegam à Terra fodidaços, doentes, desnutridos, trancados numa imensa nave-mãe que estaciona sobre a África do Sul. Isso, nada de Londres, NY ou Paris. De cara, já temos dois clichês dos filmes de sci-fi jogados por terra, e as surpresas continuam: nenhum rostinho bonito de Hollywood, o principal é um ator sul-africano desconhecido, bastante distante dos padrões de beleza plástico convencional.
O fato de se passar na África do Sul também confere à fita nuances interessantíssimas, se lembramos que aquele país até o final do século XX era tristemente conhecido pela intolerância racial extrema do regime do apartheid. Somado a um retrato nada simpático da espécie humana, mostrada em seus aspectos mais mosntruosos e repulsivos (o indisfarçável preconceito que transborda dos comentários em forma de falso documentário, a crueldade suprema da cena em que humanos alegremente exterminam bebês alienígenas) teríamos uma obra-prima não fosse...não fosse o fato de que uma excelentes sacadas não fazem um filme por si só.
Depois que as boas idéias nos são apresentadas, sobra o espaço para a ação. O filme se sustentaria se apenas se limitasse a descrever as questões sociais e políticas que um fato destes desencadearia? Possivelmente não. E scertamente se tornaria insuportável para a geração dos games, o que o levaria ao fracasso.
Compreensível que o filme, quando se dedique à ação, se torne previsível e esquemático. Militarismo sempre (Como se derrota militares maus? Com armas maiores, claro), muitas bombas, explosões e um final que precisava ser mais corajoso. Sem falar que essa história de multinacionais do mal, ainda que tristemente verídica em nossos dias, já deu o que tinha que dar em termos de ficção.
Quero contudo terminar esse post numa nota positiva, porque gostei do filme e as idéias que ele joga no ar nos seus momentos iniciais são muito mais subversivas e intrigantes do que a maior parte do lixo produzido pelo cinema atual.

Friday, September 25, 2009

Polysics Cura Tristeza



Naquelas horas em que a internet está um saco, a cadeira machuca as costas, os amigos do msn só falam baboseiras, não tem nada pra baixar, a conexão está meio lenta, o explorer demorando a abrir de sacanagem...veja um clip do Polysics.

Boston Spaceships "0 To 99"


Robert Pollard é doente, nunca é demais dizer. Vem aí mais um disco de mais um projeto do velho bêbado incansável.
http://www.mediafire.com/download.php?mn4ymwtwmlm

Bad Lieutenant - "Never Cry Another Tear"


Peter Hook pulou fora do New Order depois dos dois últimos discos fraquíssimos do New Order para formar uma banda com mais dois baixistas junkies, conforme avisei num post antigo. Até agora, nada saiu deles, devem estar desmaiados em algum estúdio.
Os que sobraram, Stephen Morris e Barney Sumner montaram o Bad Lieutenant com o guitarrista que tocou na última formação de sua ex-banda. Vamos torcer para que a inspiração volte e não venha um fiasco do quilate do Electronic de Sumner, que ao longo de 3 álbuns, fez umas 3 músicas legaizinhas.

Depeche Mode - "Sounds Of The Universe"



Por alguma razão que só a imbecilidade pode explicar, levei meses para descobrir o quão fantástico o último lançamento do Depeche Mode é. Muito mais eletrônico e climático, e consequentemente menos rock e barulhento do que os últimos trabalhos da banda, "Sounds..." certamente está entre os melhores lanlçamentos desse ano morno e morto.
E "Wrong" é a história da minha vida.
E "Peace" é o que eu gostaria que minha vida se tornasse.

Monday, September 21, 2009

O Pavement Voltou



As viúvas noventistas são mais insuportáveis que as oitentistas, sabe por que? Porque elas geralmente escrevem em blogs. Então prepare-se para a chateação com a volta do sonho molhado dos indies: para ganhar uma grana, o Pavement está de volta. Os últimos discos da banda foram chatos demais, a carreira solo do vocalista Stephen Malmus mais chata ainda, então, dinheiro no bolso dos caras e versões frouxas de "clássicos" para os nossos (deles) ouvidos.

Tudo Que As Mulheres Querem É Beleza Interior ou Credibilidade Indie ou Sei Lá

Porque ela


Casou com ele

Nasce Um Clássico: "Joga Meu Chip, Pedro!"

Sim, no futuro não haverá mais filmes, só vídeos postados na net.

Garotas Da Laje - "Vai Que Vai"

A tosquice e a falta de noção podem ser engraçadas para você que não mora no Rio e não tem que aturar a onipresença dessa merda.

Friday, September 18, 2009

Morrissey - "Swords"


Por favor sem piadas sobre a posição do cantor e as "espadas" do título do cd. Trata-se de um disco sério, uma compilação dos b-sides dos últimos tempos, hahahaha.
part2: http://hotfile.com/dl/12764375/bfbe856/www.NewAlbumReleases.net_Morrissey_-_Swords_%282009%29.part2.rar.html

Freedy Johnston - "This Perfect World"


Ou This Perfect Album. Em um mundo cada vez mais afetado pela banalidade, em que qualquer barbudinho com um violão é chamado de gênio folk, é fácil perder a fé na melodia e na simplicidade (apenas aparente) de boas canções pop. O único antídoto possível para esse mal de nossa época são discos como esse.
Freedy Johnston não é cool. É careca, cara de bancário, nada rock and roll, até bom rapaz, comum, desde o início da carreira parecia trintão já. Que ótimo, nenhum risco de ser adotado por indies ignorantes. Tem uma carreira irregular, com alguns acertos e muitos erros, mas aqui foi muito feliz.
O disco saiu na década de 90, produzido pelo então poderosíssimo Butch Vig (produtor de um discos que definiu a época, "Nevermind", do Nirvana), mas aqui o barulho fica de fora. O som é aquele feito por trocentos outros compositores norte-americanos, meio folk rock, só que...funciona. Talvez pela voz levemente melancólica de Freedie. Certamente pelas guitarras econômicas certeiras e pelas letras desconcertantes, que abordam temas como abuso sexual, suicídio, sedução de menores, psicopatas, etc. Bem América, na verdade.
O álbum abre com "Bad Reputation", que é o melhor momento do disco. Se você não gostar dessa, desista. Sei lá, vá ouvir o Curumin, ou o Sonic Youth imitando a si mesmo no seu último trabalho. "Ah, mas que som sem graça". Sei. As guitarras de "Two Lovers Stop" embalando um suicídiozinho básico, os acordes de "Evie's Tears" e sua protagonista com um passado de abuso por um padre, "This Perfect World" com seu protagonista psicopata tentando dar uma de bom pai...É, o cara não é aquele tipo de compositor sentimental egocêntrico, trata-se mais de um excelente contador de histórias perturbadoras.
Mesmo em minha fase atual, mais direcionada aos grooves (ah, Crisssssss Ssssssssssssss), eis um disco ao qual sempre volto em busca de canções. Simples.

Labels:

Não Faça Isso - Tatuagens


Nem...Não faz tatoo não, vai? Quando recentes elas têm aspecto de pereba inflamada. Depois, ficam parecendo eternos hematomas. E quando envelhecer, você vai parecer mais velho(a). É, porque vai ser um velho de tatuagem e vão olhar para você e reparar que você um dia já foi jovem o bastante para fazer essas asneiras. E suas roupas...Você vai ter que escolher cuidadosamente roupas que exibam os desenhos do seu corpo. E às vezes faz frio.
Choque...faz tatuagem não...

Tuesday, September 15, 2009

Stevie Wonder - Innervisions



Você provavelmente já ouviu alguém falar da "fase boa" do Stevie Wonder, conversa que geralmente surge quando alguém tenta perdoar o cara pelo monte de baba imperdoável que ele produziu dos anos 80 para a frente. Eis o disco por onde você deve começar, caso a curiosidade te ataque.
Produzido, arranjado e em boa parte executado por Stevie, o álbum é um excelente exemplo do que já significou black music. Não há fronteiras estilísticas delimitadas aqui: "Too High" é psicodélica, com timbres de synth perfeitos e letra sobre as agruras da vida junkie. "Living For The City" tem temática street com um riff que, uma vez ouvido, jamais será esqucido. "Golden Lady" é uma canção de amor nada melosa (a canção melosa de amor é "All In Love Is Fair" em sua tocante breguice, com Stevie carregando nos vibratos), talvez minha favorita do disco. Não, não é não, lembrei. "Don't You Worry 'Bout a Thing" é a melhor canção para se ouvir quando se sente felicidade, ou talvez a canção ideal para se ouvir quando se sente tristeza e se quer um pouco de alegria na vida. É possível fazer música alegre e consistente. Ainda temos "Higher Ground" que os Chili Peppers gravaram sem sucesso (sucesso fez, mas a versão é horrível), "He's Misstra Know It All", "Jesus Children Of America"...
Tudo funciona aqui.

Sunday, September 13, 2009

Ela Leva No Pacote

Há quem goste.

Tuesday, September 01, 2009

Public Image - PIL

Eis um disco que mudou minha vida. Top 10 eterno total, daqueles pelos quais brigo e chamo de ignorante quem não gosta. E mais essencial do que nunca nesses tempos em que a melodia vem sendo estuprada por compositores medíocres.
Quando foi a última vez que uma voz realmente marcante surgiu na música? Nada a ver com cantar bem, pelo contrário, John Lydon, desde os Sex Pistols, sua primeira escarrada na cara da música pop, sempre desafiou as convenções. Ignorando tom, melodia, bom-mocismo, bom-astral, simpatia e outras bobagens do mundo pop, o cara marcou a música de tal forma, que poder-se falar em música pop pré e pós o figura. É possível odiar o cara por mil motivos, mas é impossível passar incólume por sua voz.
Nesse álbum, o PIL, ou Public Image Ltd (já destilando ironia desde o delicioso nome do projeto) traz sua formação mais destruidora, com Keith Levene, gênio da guitarra que eu imito até hoje a cada dia em que pego a guitarra, e Jah Wobble, baixista e doente mental. Aqui nada é fácil e tudo testa sua paciência e os limites do que se chamava de rock então, gerando algo absolutamente novo.
Por onde começar? "Theme" é longa, arrastada e dissonante e clama "Eu vou sobreviver/Eu queria poder morrer". "Attack" faz jus ao nome, junto com "Lowlife" aperfeiçoando a fórmula dos Pistols, com mais inteligência e menos pose rocker. "Religion", "Public Image" e "Annalisa" são clássicos absolutos, perfeitos e indiscutíveis. Atitude, experimentalismo, punch, genialidade. Tudo, importante frisar, permeado por um humor corrosivo, que fica explícito em "Fodderstompf", que, sobre uma batida disco zoada (naquela época ninguém levava a disco a sério) passa longuíssimos minutos berrando no seu ouvido com vozes agudas insuportáveis "Só queremos ser amados, só queremos ser amados".
Não se faz mais discos assim.
http://rapidshare.com/files/259323490/408.rar

A Reação De Hitler Ao Fim Do Oasis

Free Web Site Counter
Free Counter <