Friday, August 28, 2009

Kids In The Hall



Pois é, nunca tinha ouvido falar deles. Já virei fã. Mais um.

"Não Faça Isso" - uma nova série, cap. 1 - Óculos Escuros

Não não. Você não fica necessariamente mais bonito/a de óculos escuros. Eu sei, foi moda nos anos 90, mas esse acessório enorme na sua cara faz com que seu rosto pareça desproporcionalmente pequeno.
Não, você também não fica com cara de foda. Só parece mais tolo/tola, achando que ninguém vê seus olhos e que pode olhar para tudo e todos sem ser notado.
E por favor, não os use na testa ou na cabeça.

Dançar É Ridículo

Se há uma expressão artística que desprezo profundamente é a dança. Não gosto de dançar, não gosto de quem dança, principalmente os chamados profissionais. O ódio maior aos profissionais deve-se ao fato de que seus movimentos virtuosos parecem desqualificar a movimentação natural de um ser humano não-treinado e sua resposta natural ao ritmo. Como se não fossem mais ridículos justamente por essa pretensão de controle corporal, por esse domínio inútil de seus membros.
E a "sensualidade"? Mulheres de mãozinhas para cima, fazendo movimentos encaracolados com os dedinhos...Lesbian wannabees pós-Instinto Selvagem quase se esfregando...corpos que nunca deveriam se mover sob qualquer aspecto tentando fazer uso de um swing que nunca tiveram...aquele movimento assimétrico de bracinhos e tronco do chamado samba...casais se pegando na pista para mostrar o quanto sua vida sexual é saudável...
Tudo isso com a ajuda das drogas fica ainda bem mais feio de se ver. Todo chapado fica soltinho. Não é para menos, substâncias entorpecentes costumam preencher muito bem as almas vazias.

Vade Metrô

O engraçado é que essa não é uma postagem sobre metrô, mas sim sobre pessoas. Até o mês passado, no meu caminho de ida e volta para o trabalho eu via um número bem limitado de pessoas, fazia um percurso um pequeno, por bairros residenciais da zona oeste e baixada fluminense do Rio, às vezes a pé ou de bicicleta.
Com meu novo endereço, passei a ser obrigado a usar o metrô, minha opção mais rápida para cruzar a cidade a tempo de não chegar muito atrasado. O lado bom é ter mais tempo para a audição de minha coleção no i-pod. O lado terrível é que tenho visto muita, muita gente.
Realmente não acho que gente seja uma coisa muito boa. Se isso fosse verdade, quanto mais gente ao seu redor, melhor você se sentiria. "Uma multidão não cria nada", eu escrevi numa canção que compus, roubando de leve Henry Miller em algum livro que li, no qual falava no caráter essencialmente solitário da criação em contraponto ao espírito destruidor inerente às multidões.
Pois é. até consigo ser cordial com um grupo pequeno de pessoas, mas muita gente ao redor costuma ser um inferno. Desprezo grupos imensamente. O grupo em geral estimula no ser humano um comportamento de matilha, uma fusão doentia de personalidades, a morte da individualidade, que talvez seja a única coisa que valha no ser humano afinal.
A falta de paisagem de boa parte das estações do metrô (pelo menos as subterrâneas) e às vezes o excesso de lotação acaba provocando outro senso de asco, o contato inevitável físico com estranhos. Pode me chamar de viadinho, mas me causa repulsa até mesmo encostar em uma mulher bonita desconhecida. Vai saber (Deixe para me chamar de viadinho quando a repulsa se direcionar também às conhecidas) onde aquele corpo esteve e que andou fazendo...
Sem opção, me vejo obrigado a dividir a experiência com aqueles seres que não escolhi encontrar. Eles. Lendo livros medíocres com jeito de intelectual refinado. Ouvindo música ruim em histéricos aparelhos de celular com alto-falantes (Isso devia mesmo ser proibido). Checando o visual no reflexo do vidro. Se esfregando numa gostosa. Falando alto alguma coisa estúpida em seus malditos celulares.
Ao menos a viagem costuma ser rápida. O que a torna quase suportável.

Monday, August 24, 2009

Leopoldo fazia questão de dizer todo dia à Laura o quanto ela era especial, ao chegar do trabalho no final da tarde. Ela ria.
Hoje ele vai chegar em casa e ela não vai estar lá, porque afinal acreditou que é muito, muito especial.

Sunday, August 23, 2009

Kraftwerk - The Catalogue

Os inventores do mundo moderno (hahahahaha) vão lançar um box com todos os seus trabalhos realmente decentes (do Autobahn para frente, que o que vem antes é chatice hippie), sendo que alguns dos álbuns sairão em edições separadas também. Álbuns remasterizados pelos próprios, o que é um atrativo e tanto, considerando o som baixinho que as versões já lançadas possuem.

Que vergonha, eu ainda compro cds...

Sunday, August 16, 2009

Crônicas Do Catete - I

Foto tirada quando de minha chegada num OVNI
ao meu novo bairro

OK. Me mudei, mas não mudarei. Cachorro velho não aprende truque novo, Guadalupe sempre estará em mim e mesmo Nilópolis. Ando vendo umas coisas por aqui no Catete que gostaria de destacar.

A princípio, não há como andar pelo bairro sem topar com o traveco do Catete. Não, não falo dos travecos, falo do traveco do Catete. TODAS as vezes em que saí, esbarrei (modo de falar. Não gostaria de tocá-lo) com a figura. Morador de rua, sempre com uma maquiagem grotesca e terrivelmente mal-humorado. Passou por mim enquanto eu ia à padaria e soltou "Que nojo!".

Outra. O vendedor de roscas é chato e ponto final. Só compro roscas nele quando a gritaria e as piadas de duplo sentido envolvendo seu produto pararem (ou seja, nunca).

Por último uma história. No metrô, um maluquinho fortão com pinta de pitboy está sentado no chão. De repente, estoura um saco de plástico com a mão e se levanta em direção à porta que se abre na estação. Olha para mim, diz: "Pra dar uma animada, pá" (ou algo assim). Então continua, falando de como só três homens seriam capazes de derrubá-lo. E que se alguém no vagão duvidasse que se dispusesse a sair com ele do vagão.

Fiquei pensando na vontade que aquele cara devia estar de ser cercado por três homens que o dominassem e o jogassem no chão, a ponto de fazer o pedido assim, às claras, num lugar público.

Acho que continuarei tão perplexo quanto sempre no meu novo bairro.

Friendly Fires e Duas Bandas Nacionais Ridículas - Popload Gig 2 - 15.08.2009

foto de Ricardo Tavares


Quem confia num festival organizado por Lúcio Ribeiro? Bem, eu não. O blogueiro é notório por seus comentários exagerados e equivocados sobre bandinhas novas, além de frequentemente postar informações incorretas. Seria ele um terrorista da informação, propositalmente espalhando notícias falsas e infundadas e louvando bandas medíocres como forma de crítica disfarçada ao nosso tempo? Não, não, eu vi o cara lá ontem no meio do público, ele realmente parece um quarentão abobalhado correndo atrás da juventude perdida.
Só que vergonha, vergonha mesmo eu senti das atrações nacionais do tal festival. Brollies & Apples é mais uma tentativa da Bianca Merdão e de seu marido filho do Arnaldo Brandão de arrumar alguma coisa no meio musical. Não adianta. A total ausência de talento da dupla mais uma vez não consegue ser disfarçada. A pose de diva eletro da menina, com coreografias supostamente sensuais e goles numa garrafa de champagne em pleno palco foram puro humor involuntário. Das músicas não há o que falar, ruins como tudo que o casal já fez. Um toque: beijos heterossexuais em cima do palco não são nada rock'n'roll.
Copacana Club tem sido empurrado como um possível novo CSS. Sei lá se alguém precisa de um novo CSS ou mesmo do velho. Já os mandaria para o fogo do inferno por usarem uma Rickenbacker em levadas de guitarra suingadinhas, mas não quero zoar muito o guitarrista porque eu fiquei com medo dele: corcunda, feioso, grandalhão, abobado...Bem, a vocalista subiu ao palco com muletas e shortinho enfiado na bunda. Toque: shorts enfiados na bunda ficam melhor em mulheres com bunda.
Friendly Fires é mais uma daquelas bandas indie dançantes, em CD soam até meio Franz Ferdinand/Killers/etc etc etc, mas ao vivo me surpreenderam por um mergulho menos cínico nos grooves em relação às outras bandas do gênero. O vocalista, com sua performance meio Mick Jagger, meio Beck, meio bichinha indie descontrolada, (po, mas aí são três metades, não existem coisas com três metades!) surpreendeu e deve ter agradado ao público gay presente. Não fiquei entediado na maior parte do show, o que acho que significa que os grooves dos caras são eficientes, apesar da leve repetição em termos de climas e tempos nas músicas.
Dá uma olhada nesse vídeo registrado por nosso colaborador Ricardo Tavares:


Monday, August 10, 2009

Information Society - Vivo Rio - 07.08.2009

Oitava vez no Brasil. Ninguém espera muita coisa de uma banda que desde sempre perteneceu ao segundo escalão do pop eletrônico e que tantas vezes já passeou pela nossa terra, mas era sexta, eu nunca tinha ido ao Vivo Rio, o ingresso estava barato, etc. Não há desculpa.
Os quilos a mais e os cabelos a menos dos integrantes do grupo já insinuavam o tom do show. A platéia de trintões saudosistas ajudava a encher o ar de uma nostalgia com cheiro de mofo.
Não teve jeito. Mesmo o vocalista mal conseguia disfarçar o tédio, encarnando um John Lydon com o vigor de um funcionário público no exercício de sua função.
"Runnin'" trouxe o já tradicional coro "Vai tomar no cu". Que legal, me senti num baile funk melody cheio de pessoas desesperadas correndo atrás do tempo perdido. O som também não ajuadava, agudo demais, o que é imperdoável em se tratando da importância dos graves no tipo de sonoridade a que a banda se propõe. As versões "modernas" pareciam "modernizadas" direto do ano de 1998! As antigas soavam como cover.
Uma hora e meia depois eu só conseguia lamentar a ausência do Depeche Mode esse ano no Brasil. Ah sim, e a presença do Information Society também me parecia enormemente lamentável. Aposentadoria já.
Aliás, já está na hora dessa gente trintona de barrigas salientes (eu incluído) sair da adolescência...

Saturday, August 01, 2009

Conhece Essa?

Conhece essa?
Ele deu um gole na garrafa de água e até ela estava com gosto de dor. O mundo estava repleto de pessoas ao redor, e parecia que aquela situação iria continuar indefinidamente. Ele viu uma menina com uniforme de garçonete sentada num banco ao sol e não pôde deixar de reparar na mancha peluda que ela tinha no braço. A cada dia ele ficava melhor nisso de notar o monstruoso nas pequenas coisas belas, só não entendia para que servia aquele super poder.
Seu passado se erguia majestoso à sua frente.

O Namorado Da Santogold Não Pode Ser Meu Amigo

Ao contrário da maioria das pessoas que conheço, acho a Santogold (ou Santigold, como ela agora prefere ser chamada, depois de problemas judiciais quanto ao uso do nome) muito pegável. Neguinha estilosona, citações altamente obscuras em seus clips, músicas poderosas, um dos melhores álbuns de estréia dos últimos tempos, para mim está ótimo.
Mas aí descobri que a mina é "compromissada'. Com esse mané aí de cima. O tal Trouble Andrew, que lançou um álbum até legal, com eletrônica sujinha e uns baixos oitentistas.
Vou ter que mostrar para esse cara o que é "trouble'
Ah sim, o álbum...
http://www.mediafire.com/file/t5mxjnoywwa/trouble%20andrew%20-%20trouble%20andrew.rar
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