As Bandinhas Doismilistas E O Difícil Terceiro Disco

"Ritual Satânico

Ha três tipos de cerimônia incorporada na prática da magia satânica. Cada um destes corresponde a uma emoção humana básica.

O primeiro destes nós podemos chamar de ritual do sexo.

Um ritual do sexo é o que comumente se conhece por charme de amor ou fascinação.

O propósito em realizar assim um ritual é criar desejo, por parte da pessoa que você deseja, ou convocar um parceiro sexual para satisfação dos seus desejos. Se você não tem uma pessoa especifica ou um tipo de pessoa em mente suficiente forte para causar diretamente o sentimento sexual culminando em orgasmo, você não terá sucesso na realização de um trabalho bem sucedido. A razão para isto é que mesmo se o ritual foi bem sucedido, por acidente, que bem traria se você não pode levar vantagem de sua oportunidade eventual por causa da falta de estimulação ou desejo...?"

Hahahahahahahaha. Eu estava procurando uma imagem para ilustrar esse post, que fizesse ao mesmo tempo referência ao número três e a algum tipo de maldição, então encontrei essa pasmaceira aí em um site. Não é legal saber que existem 3 tipos de rituais satânicos? E que um deles é o, hahahahahahaha, ritual do sexo? Meu amigo, você conseguiria imaginar que sexo é algo satânico? Juro, mudou minha vida. Se ficou interessado, eis o link: http://www.astrologosastrologia.com.pt/satanismo_trestiposdeRituaisSatanicos.htm
Vamos voltar ao real motivo de mais esse post sobre música (cabe ressaltar que depois que passei a escrever quase que exclusivamente sobre música, o número de visitas do blog caiu consideravelmente. Pera lá, vão me dizer que vocês preferiam a fase dos poemas ruins e dos desabafos pessoais?), a crise do terceiro disco que se abate sobre as bandinhas doismilistas.
Como quem praticamente iniciou o século no pop rock foram os Strokes, a crise adveio primeiro sobre os maiores playboys que a música pop já produziu. Seu terceiro disco, "First Impressions Of Earth", (é esse mesmo o título), tinha, vamos ver, uma música boa. O resto era assim confuso, solos de guitarra remetendo de leve ao hard farofa de um Slash e baladinhas com voz e órgão.
E o Kaiser Chiefs, que sempre foi meio chato, ficou chato de vez no "Off With Their Heads". O meloso mas eficiente Keane, esqueceu como se compõe em seu bregaço "Perfect Simmetry", que nem simétrico nem perfeito conseguiu ser. Continuando no terreno do gosto duvidoso, tivemos o Killers resgatando os timbres que o Duran Duran faz questão de esquecer que um dia usou, no seboso "Day & Age". O TV On The Radio também pisou na jaca em seu bobinho "Dear Science, ainda que esse não seja exatamente o terceiro disco da banda (O primeiro deles, OK Calculator, é tão zoneado que não conta). O Interpol também resolveu popizar seu som em "Our Love To Admire" e acabou caindo numa terra de ninguém, sem o charme de cópia pós-punk que os fazia palatáveis.
Contrariando minha teoria, o Kings Of Leon amadureceu consideravelmente, aprendendo a compor músicas diferentes umas das outras com seu terceiro trabalho, "Because Of The Times", enquanto o Bloc Party conseguiu emergir das profundezas do confuso e cheio de falsetes insuportáveis segundo disco, para fazer um dos melhores discos de 2008 com o "Intimacy". Quer dizer, minha teoria vai por água abaixo e só o satanismo mesmo continua fazendo sentido, como diriam Macedo e Meneghel.

Vai ter indie tendo ataque cardíaco: Radiohead no Brasil

Dá logo seu dinheiro para ele.

Com a confirmação de shows do Radiohead no Brasil em março de 2009, e a consequente histeria indie (eu ia escrever indie noventista, mas todo indie não o é?), a pergunta já não é mais se a banda vem ou não vem ao Brasil.
A nova pergunta é: eles vão ou não tocar a cover do Hollies?

O Golpe Da Kelis (Post Completamente Gratuito)

Que situação hein Kelis? Chamada para se apresentar em um evento em homenagem ao dia da Consciência Negra, que ocorreria sob o Viaduto Negrão de Lima (que não era negão), num ponto tradicional de black music do bairro de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, a cantora de r'n'b não só não apareceu, como ia dando o pé do Brasil com a grana adiantada que recebeu pelo show. Diz a lenda que foi pega por uma equipe televisiva que cobriria o evento, já com malas e tudo no aeroporto, pronta para uma "saída pela direita..." (O Leão da Montanha não é do seu tempo).
(...)
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Ok, eu confesso, esse post foi desculpa para botar essa foto aqui, porque ela é bem bonitinha.

Pó Cristão

Nada de errado com música louvando a Deus. A maior parte das canções de amor também faz uma espécie de culto à divindade do amor, em boa parte das vezes com resultados bastante questionáveis. "People Get Ready" de Curtis Mayfield, boa parte de um dos melhores discos da música pop, "What's Going On" de Marvin Gaye, é dedicado à Palavra, "Be Thou My Vision" está entre as melhores interpretações de Van Morrison...Mas pera lá. A música produzida pelos evangélicos no Brasil exagera na ruindade. O povo parece ter as piores influências musicais possíveis, e, juro, se Deus existe, isso ainda vai dar uma merda muito grande, estilo Sodoma e Gomorra.

A Vida Sentimental do Camelo

Não, não é da nossa conta. Mas como é muito bom poder acerscentar algum comentário irrelevante sobre um assunto banal, vamos falar da vida sentimental do Camelo. Se ele gosta de deitar com bichinhos menores (vide a foto que ilustra o post), quem somos nós para...Nada disso, tô cansado desse povo sem opinião, que vive em cima do muro.
Blog is dead acha sim, esquisitão, no mínimo, um cara de 30 anos querendo saliência com uma menina de 15. Ainda mais se ela parece um menininho. Parece que a lei diz que só é pedofilia quando um adulto se relaciona sexualmente com um pré-púbere. E que corrupção de menores não existe com o consentimento dos pais. Eu vejo as leis com tanta desconfiança quanto vejo a complacência que nossa sociedade tem com essa tara estimulada de modo mal disfarçado. Tem uma fala do filme "Hard Candy" que cai muto bem aqui: "Não é porque uma menina sabe imitar direitinho uma mulher, que ela é uma". É isso aí.

P.S.: O pior nem é isso. Eles podem inventar de fazer música juntos. Agora deu medo...

Super Mario Super Mario

Ok, eu confesso, eu sou um super-herói. Veja o vídeo. Compre as canecas.
http://www.makemesuper.com/index.html?videoid=6_51d1a&imgid=191539&gender=male&name=Mario

Marquei um six, um six, um six no seu coração

Forças satânicas fizeram com que a foto misteriosamente desaparecesse do outro post, mas, a pedidos, Xuxa retorna com a mão na bunda da prima.

Pedro Cardoso Tem Razão, Mas Tá Ferrado (Ou Não, Porque É Global E Rico)

Pedro Cardoso tem razão. Vivemos num mundo hipersexualizado, onde nossos mais baixos instintos são estimulados, com um único intuito, mais consumo. E dentro do que se supõe arte, a picaretagem impera, com os tarados se valendo de sua posição privilegiada: filmes inteiros que não passam de pornografia mal disfarçada, músicos de araque cuja carreira se baseia na sexualidade, exemplos não faltam.
Só que Pedrinho esbarrou num dos maiores dogmas de nossa sociedade. Ousar questionar a prática sexual da maioria. Num mundo em que a esmagadora maioria acaba sendo consumidora de algum tipo de pornografia, quem se aventura a lançar um olhar crítico vai ser fatalmente ridicularizado, tachado de moralista ou recalcado. É como falar mal de Deus, futebol...São os alicerces da vidinha alheia. Não tem nada que irrite mais o senso comum do que pulgas atrás da orelha.
Pois é. "Po, mas vai dizer que você não vê umas mulézinha pelada da net?". Sim, calro que vejo. Mas vamos olhar isso com frieza e distanciamento, pelo menos uma vez. Que bem isso faz?
Estímulo à masturbação? Que corpo sadio precisa de estímulo à sexualidade? Não seria ela uma resposta natural, como qualquer outro instinto?
E vamos além. Frustração decorrente do desejo, praticamente impossível de realizar, de possuir o objeto. Transformação de uma pessoa de carne e osso nesse objeto. Quantos caras se decepcionam com uma mulher real, ao encontrarem uma, por elas serem tão diferentes das dos vídeos pornôs? Eu conheço vários, já ouvi essa história de vários.
Sexo é bom? Bem, quando tudo dá certo costuma ser. Mas quando ele está em cada out-door, cada propaganda, nos programas infantis, nos comerciais de margarina, nas abarrotadas bancas de jornais e nos computadores interligados do mundo todo (alguém chamou o computador outro dia de "máquina de masturbação", e acho ser uma definição exata), o tempo todo, em todos os lugares, para todos os lados, alguma coisa está errada.
Ok, podem me chamar de recalcado. Enquanto isso a neta de sua vizinha de 5 anos faz a dança do créu e mais um crime sexual absurdo se desenrola.

Ê Roubo! 2

Sabe aquela banda que trouxe uma cara nova para as bandas de rock dos anos 2000? A Cara era velha.

Last Night, an American Girl said...

Ê, roubo!!

Sabe aquela música que de cara você ouviu e se amarrou, clássico instantâneo? Pois é, é roubo. vamos ao primeiro exemplo.

Agora vê se vc consegue escutar Creep do Radiohead com a mesma inocência...

Bloc Party No Circo

foto by Mara Chantre

Tem algo no Circo Voador que desperta o palhaço que existe nos artistas que lá se apresentam. Há quem chame isso de performances inesquecíveis. Há também os que acham uma aporrinhação dos diabos quando a música é posta de lado em nome de celebrações do agarramento masculino.
A banda vinha do fiasco da apresentação do VMB com tropeços e playbacks. No Planeta Terra, no show que não vi, consta que pediram até desculpas, meio zoando, sobre o mico na MTV. No entanto, para a surpresa dos gatos pingados que despencaram para a Lapa numa segunda feira chuvosa, a banda mostrou um insuspeitado potencial para a combinação bem-sucedida de hinos de espírito rock'n'roll (aquele guitarrista magrinho de franja e o andamento aceleradinho de algumas músicas quase nos leva a pensar naquele estilo de três letras que não ousa dizer a que veio...) e experimentações eletrônicas e grooves.
O que será lembrado, como sempre, vide a histeria adolescente do Franz Ferdinand, serão os 3 moshs, as declarações de amor ao público quente e as rodinhas de rapazes se agarrando, mas, durante a execução de "Mercury", faixa de seu mais recente álbum, fagulhas de genialidade voaram pelo local.
Belo show, que até me fez rever com mais carinho a obra da banda.

Racha (Eu disse Racha, não Sasha) No Mundo Satanista

Este post deve ser lido preferencialmente ao som do clássico "Marquei um six, um six, um six no seu coração"


Como qualquer outra religião, os satanistas também possuem entre suas fileiras facções discordantes. Vejamos o atual exemplo, no qual Xuxa, (na foto abaixo, com a mão na bunda da
prima),

está processando a Igreja Universal (cujo símbolo é o demônio branco dentro do coração visto abaixo),

por supostas acusações, segundo entendi, de cristianismo disfarçado de satanismo, ou algo assim, impressas no jornal que pertence à Igreja.
É triste constatar que mesmo em religiões milenares quanto o culto a Satã, persistem ainda essas diferenças que de nada servem a não ser para enfraquecer o culto e separar as pessoas que, no íntimo de seus corações, compartilham a mesma "imorredoira" fé.

Planeta Terra 2008

Lá fui eu de novo. A opção era o show do REM aqui no Rio ou Jesus & Mary Chain, Breeders e mais alguns nomes do rock/pop atual, e o pacote paulista pareceu mais interessante. Apesar de uma terrível dor na coluna que me acometeu na última quarta, deixei o rock and roll falar mais alto, e o saldo acabou sendo positivo, apesar de ter assistido a apenas 2 shows realmente bons, e justamente os dos veteranos.
Obviamente cheguei atrasado para não correr o risco de ouvir nulidades como Mallu Magalhães e Vanguart. Desculpe, mas não sou trouxa o suficiente para engolir essas armações escancaradas que blogs supostamente informativos tentam empurrar nossa goela abaixo. São ruins e pronto. Não me interessa que sejam jovens, tenham futuro, sejam promessas. O futuro é uma abstração, o que temos é o agora, e agora eles são um lixo.
Meu medo de não ver essas merdas que citei, acabou me fazendo perder algumas músicas do Jesus & Mary Chain. Menos mal que tenha assistido ao magnífico show da banda no Canecãoem 1990. "Head On" rolava lá dentro e eu tentava achar a maldita entrada 2, rodando pela sinistra área, quase uma locação de "O Albergue", dos Galpões Savoy. Me acabei, dancei de olhinhos fechados e tudo, mas nãoi há como negar que a banda tocou versões cansadas de músicas maravilhosas. William Reid definitivamente não é mais o mesmo (sem quere comparar, mas em 90 cheguei em casa ainda ouvindo seus "solos" de guitarra!!) e o que havia de brilhante ali eram as composições e o legado de uma banda que mudou a cara do rock.
Vi duas músicas do Foals. 2 que podiam ser uma. Algo de disco punk, um pouquinho de levadas "quebradas", muito conceito e pouca inspiração. Um compositor talvez salvasse a banda.
Um pouquinho de Spoon. Foi mal, mas esse território que a banda explora já foi devidamente esgotado por quase tudo que foi feito na América nos anos 90. Irrelevância total. Se eu não tivesse ouvido tudo que ouvi nos anos 90 no gênero, talvez achasse menos sacal.

foto by Marcos Ramos


Breeders surepreendeu demais. Esperava algo frouxo, graças à fama de junkie das irmãs Deal, mas o que tivemos foram verdadeiros clássicos do rock alternativo dos anos 90, tocados com graça, fúria e precisão que fariam o William Reid ficar com vergomnha do tímido overdrive com que tocou "Just Like Honey". As melhores guitarras do festival, um ar de despretensão e diversão e até cover do Guided By Voices. Melhor show do festival, porque estamos falando de música.
Perdi o Bloc Party, mas não devo ter perdido muito, ainda que ache o último lançamento deles interessante. Depois do massacre do Breeders, não ia dar para os rapazes sensíveis e cheios de pose. E o Kaiser Chiefs? Considero-os competentes, seguindo a tradição de pop inglês de bandas como o Blur, com boas letras com referências ao English way of life e explícitas influências do que se fez de melhor naquelas bandas. Só que depois de 2 músicas, e olha que foram 2 hits, fiquei de saco cheio e deixei eles lá tocando para a juventude paulista.
Eu sei que tô ficando velho, mas, sei lá, é isso mesmo. Desta vez, os quarentões venceram.

Ah o metal

Ah, o metal. Eu estou aqui tentando me decidir o que é mais ridículo. O simples fato de uma banda como o AC/DC existir? Um guitarrista sexagenário que toca com uniforme de escola, chifrinhos de demônio e geralmente mostra a bunda no palco? Difícil. Mas essa foto resume tudo magnificamente.