Kids In The Hall
Pois é, nunca tinha ouvido falar deles. Já virei fã. Mais um.
No fun
Não não. Você não fica necessariamente mais bonito/a de óculos escuros. Eu sei, foi moda nos anos 90, mas esse acessório enorme na sua cara faz com que seu rosto pareça desproporcionalmente pequeno.
Se há uma expressão artística que desprezo profundamente é a dança. Não gosto de dançar, não gosto de quem dança, principalmente os chamados profissionais. O ódio maior aos profissionais deve-se ao fato de que seus movimentos virtuosos parecem desqualificar a movimentação natural de um ser humano não-treinado e sua resposta natural ao ritmo. Como se não fossem mais ridículos justamente por essa pretensão de controle corporal, por esse domínio inútil de seus membros.
O engraçado é que essa não é uma postagem sobre metrô, mas sim sobre pessoas. Até o mês passado, no meu caminho de ida e volta para o trabalho eu via um número bem limitado de pessoas, fazia um percurso um pequeno, por bairros residenciais da zona oeste e baixada fluminense do Rio, às vezes a pé ou de bicicleta.
Os inventores do mundo moderno (hahahahaha) vão lançar um box com todos os seus trabalhos realmente decentes (do Autobahn para frente, que o que vem antes é chatice hippie), sendo que alguns dos álbuns sairão em edições separadas também. Álbuns remasterizados pelos próprios, o que é um atrativo e tanto, considerando o som baixinho que as versões já lançadas possuem.
Foto tirada quando de minha chegada num OVNI
OK. Me mudei, mas não mudarei. Cachorro velho não aprende truque novo, Guadalupe sempre estará em mim e mesmo Nilópolis. Ando vendo umas coisas por aqui no Catete que gostaria de destacar.
A princípio, não há como andar pelo bairro sem topar com o traveco do Catete. Não, não falo dos travecos, falo do traveco do Catete. TODAS as vezes em que saí, esbarrei (modo de falar. Não gostaria de tocá-lo) com a figura. Morador de rua, sempre com uma maquiagem grotesca e terrivelmente mal-humorado. Passou por mim enquanto eu ia à padaria e soltou "Que nojo!".
Outra. O vendedor de roscas é chato e ponto final. Só compro roscas nele quando a gritaria e as piadas de duplo sentido envolvendo seu produto pararem (ou seja, nunca).
Por último uma história. No metrô, um maluquinho fortão com pinta de pitboy está sentado no chão. De repente, estoura um saco de plástico com a mão e se levanta em direção à porta que se abre na estação. Olha para mim, diz: "Pra dar uma animada, pá" (ou algo assim). Então continua, falando de como só três homens seriam capazes de derrubá-lo. E que se alguém no vagão duvidasse que se dispusesse a sair com ele do vagão.
Fiquei pensando na vontade que aquele cara devia estar de ser cercado por três homens que o dominassem e o jogassem no chão, a ponto de fazer o pedido assim, às claras, num lugar público.
Acho que continuarei tão perplexo quanto sempre no meu novo bairro.
foto de Ricardo Tavares
Ao contrário da maioria das pessoas que conheço, acho a Santogold (ou Santigold, como ela agora prefere ser chamada, depois de problemas judiciais quanto ao uso do nome) muito pegável. Neguinha estilosona, citações altamente obscuras em seus clips, músicas poderosas, um dos melhores álbuns de estréia dos últimos tempos, para mim está ótimo.